Para
quem viveu na Terra
Em
meio dos sofredores
E
somente frias dores
No
mundo ingrato colheu,
O
frio beijo da morte
É o
beijo da liberdade,
É um
raio de claridade
Que
vem da altura do Céu.
A
vida terrena é a noite
Que
precede as madrugadas
Das
regiões aureoladas
De
amor, de verdade e luz:
Sem
paradoxo, portanto,
O
gozo é o próprio martírio,
Que
se fez excelso Lírio
Na
devoção de Jesus.
A
morte é a deusa celeste
Da
vida, da plenitude,
Que
a alegria da Virtude
Faz,
linda, desabrochar;
Seu
beijo é um raio de luz
Do
dealbar das alturas,
Que
na noite de amarguras
As
almas vem despertar.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano: 1932